🇺🇸 EUA e União Europeia Fecham Acordo Histórico e Evitam Escalada Tarifária
Trump anuncia tarifa geral de 15% e UE promete investir pesado em energia e defesa 📍 por Tércio Ramon — 27/07/2025
POLÍTICA


🇺🇸 EUA e União Europeia Fecham Acordo Histórico e Evitam Escalada Tarifária
Trump anuncia tarifa geral de 15% e UE promete investir pesado em energia e defesa
📍 por Tércio Ramon — 27/07/2025
Um domingo decisivo para o comércio global
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (27) um acordo comercial de grande impacto global com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Após semanas de tensão e expectativa, os dois líderes se reuniram em Turnberry, na Escócia, e confirmaram a aplicação de uma tarifa geral de 15% sobre as importações entre os blocos — valor muito abaixo da tarifa de 30% que entraria em vigor em 1º de agosto.
Esse entendimento foi anunciado em meio a uma corrida contra o tempo, já que a elevação tarifária ameaçava mergulhar Estados Unidos e União Europeia em uma nova guerra comercial, com repercussões que poderiam abalar mercados ao redor do mundo.
💬 "Um acordo justo", diz Trump
Ao lado de Von der Leyen, Trump celebrou o avanço nas negociações. “Fechamos um acordo justo, sólido e necessário. Por muito tempo, os Estados Unidos foram prejudicados por acordos comerciais desequilibrados. Isso começa a mudar agora”, declarou o presidente norte-americano em coletiva transmitida ao vivo para todo o mundo.
Ele também reafirmou sua postura firme frente a outros parceiros comerciais. “Aqueles que não assinaram acordos conosco enfrentarão novas tarifas já nesta sexta-feira”, afirmou Trump, ressaltando que as exceções continuam apenas para os setores de aço e alumínio — que seguem com tarifas de 50%.
💡 Energia e defesa: novos compromissos da UE
Pelo lado europeu, o pacote de concessões foi robusto. A União Europeia se comprometeu a:
Comprar US$ 750 bilhões em energia dos EUA nos próximos anos;
Aumentar em US$ 600 bilhões os investimentos em defesa — valor que será destinado à compra de equipamentos militares e à modernização das forças armadas dos países membros;
Avançar para um modelo de comércio com tarifa zero com os Estados Unidos, com a abertura de setores estratégicos.
Segundo Von der Leyen, o pacto representa um passo importante para “fortalecer a aliança transatlântica e proteger interesses mútuos em tempos de instabilidade geopolítica”.
🤝 Bastidores da negociação
O encontro em Turnberry foi descrito por fontes próximas como intenso, mas produtivo. As negociações começaram na parte da tarde e se estenderam até o início da noite. Durante o processo, houve momentos de tensão, principalmente em relação ao setor agrícola e aos investimentos em energia renovável.
Von der Leyen teria elogiado Trump pessoalmente: "Você é conhecido como um negociador firme — e demonstrou isso aqui". A declaração arrancou sorrisos na mesa, mas também reforçou a necessidade de habilidade diplomática para evitar impasses.
📉 O que estava em jogo
Antes do acordo, o cenário era preocupante. Os EUA já tinham anunciado uma escalada tarifária que atingiria duramente exportações europeias, incluindo automóveis, produtos químicos e alimentos. Isso preocupava empresários, governos e mercados financeiros.
Para especialistas, o acordo evita impactos bilionários em setores estratégicos e preserva milhões de empregos em ambos os lados do Atlântico. Também ajuda a conter o isolamento comercial dos EUA, provocado por sucessivas medidas protecionistas da administração Trump.
📦 Repercussão no mundo dos negócios
O setor privado reagiu com alívio e otimismo. Analistas financeiros já preveem uma semana de alta nas bolsas, com impacto positivo especialmente nos setores de energia, logística e defesa.
Empresários elogiaram a previsibilidade trazida pelo acordo. "Finalmente conseguimos um cenário claro para os próximos anos", afirmou Howard Brenner, CEO da EnergyCorp, gigante norte-americana do setor de gás natural. "Vamos ampliar imediatamente nossos contratos com parceiros europeus".
⚠️ E quem ficou de fora?
Apesar da comemoração em Turnberry, nem todos os países conseguiram firmar acordos com os Estados Unidos até o prazo estabelecido. Segundo Trump, novas tarifas entrarão em vigor a partir da próxima sexta-feira (1º de agosto), afetando diversos produtos, principalmente da Ásia e América Latina.
O Brasil, por exemplo, já sente os efeitos. Empresas exportadoras de ferro-gusa afirmam que tiveram contratos suspensos devido à incerteza comercial com os EUA. Segundo o setor, o tarifação ameaça um dos principais produtos de exportação brasileiros e pode causar perdas bilionárias.
🗣️ Secretário de Comércio dá o recado final
O Secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, acompanhou Trump nas negociações e reforçou o tom do governo: “Não haverá mais prorrogações ou carência. Quem quiser negociar, deve fazê-lo agora. Após 1º de agosto, as tarifas estarão definidas e serão aplicadas integralmente”.
Ele ainda destacou que os Estados Unidos continuarão abertos a conversar com “grandes economias que busquem acordos justos e equilibrados”.
📊 Resumo do Acordo EUA–UE:
MedidaDetalhesTarifa geral15% sobre importaçõesEnergiaUE comprará US$ 750 bi dos EUADefesaInvestimento adicional de US$ 600 biSetores isentosAço e alumínio seguem com tarifa de 50%Data de vigênciaAcordo entra em vigor antes de 1º de agosto
📍 Conclusão: uma trégua econômica — por enquanto
O acordo entre Estados Unidos e União Europeia representa um respiro importante para a economia global, que vem enfrentando pressões inflacionárias, crises energéticas e conflitos comerciais.
A tarifa geral de 15% é vista como um meio-termo razoável diante do cenário anterior, evitando a imposição de sanções mais duras. Agora, resta acompanhar os próximos movimentos da Casa Branca e saber quais países conseguirão seguir o mesmo caminho de diálogo e acordo com Washington.