🇮🇱 Netanyahu promete "vitória completa" em Gaza e Israel anuncia novas pausas humanitárias de 10 horas por dia

📅 Publicado em 27/07/2025, às 14h27 — Atualizado em 27/07/2025, às 14h27

Tel Aviv (Reuters) — Em um pronunciamento firme e direto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste domingo (27) que a campanha militar contra o Hamas continuará até que todos os objetivos de guerra sejam alcançados. “Continuaremos a lutar até a vitória completa”, disse Netanyahu, reforçando a determinação de seu governo diante das crescentes pressões internacionais e da catástrofe humanitária que se agrava diariamente na Faixa de Gaza.

⚔️ Uma guerra sem prazo para terminar

Apesar dos apelos de diversos líderes globais por um cessar-fogo imediato, Israel mantém sua ofensiva militar em Gaza. A operação, que já dura meses, tem como objetivo oficial eliminar as forças do Hamas e garantir a segurança dos cidadãos israelenses. No entanto, o alto número de mortos, a destruição de infraestrutura e a fome generalizada no território palestino vêm causando indignação ao redor do mundo.

🤝 Pausas humanitárias de 10 horas por dia

Em meio à crise, o Exército israelense anunciou que irá interromper temporariamente as atividades militares em três regiões específicas de Gaza, por dez horas diárias, com o objetivo de permitir a entrada de suprimentos humanitários. As pausas acontecerão das 10h às 20h (horário local) e terão validade até novo aviso.

As áreas que receberão essa pausa nas operações são:

• Al-Mawasi, uma zona considerada "segura", ao longo da costa;

• A região central de Deir al-Balah;

• E partes da Cidade de Gaza, ao norte do enclave.

De acordo com as autoridades israelenses, corredores humanitários serão ativados durante esse período, e comboios com alimentos, remédios e água potável terão permissão para circular entre 6h e 23h.

✈️ Lançamento aéreo de ajuda por Jordânia e Emirados Árabes

Além da trégua parcial, a comunidade internacional está intensificando os esforços para aliviar o sofrimento da população palestina. Neste domingo (27), Jordânia e Emirados Árabes Unidos lançaram cerca de 25 toneladas de suprimentos humanitários por paraquedas sobre Gaza — o primeiro lançamento aéreo em meses.

As imagens dos aviões sobrevoando o território e os paraquedas coloridos trazendo caixas de comida e medicamentos se espalharam rapidamente pelas redes sociais e emocionaram o mundo. No entanto, as autoridades jordanianas alertaram que esses lançamentos não substituem o fornecimento regular por terra, que ainda é altamente limitado e depende da autorização israelense.

Apesar da boa intenção, relatos de feridos surgiram logo após o lançamento. Autoridades de saúde palestinas afirmaram que pelo menos dez pessoas se machucaram após serem atingidas pelas caixas lançadas do céu — uma consequência da falta de infraestrutura adequada para a distribuição segura desses itens.

🌍 A pressão internacional aumenta

Com o agravamento da situação humanitária, Israel tem enfrentado severas críticas internacionais, inclusive de aliados históricos. Diversos países e organizações de direitos humanos vêm denunciando a escassez de comida, a destruição de hospitais e escolas, e o deslocamento forçado de civis em Gaza.

Mesmo diante dessas acusações, o governo israelense tem adotado uma postura defensiva, afirmando que está lutando contra o terrorismo e que os esforços para proteger os civis palestinos são “constantes, embora limitados pelas ações do Hamas”.

🕊️ Negociações de cessar-fogo estagnadas

Enquanto os combates continuam, as negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas continuam sem avanço significativo. As conversas, mediadas pelo Catar em Doha, foram interrompidas recentemente e não há sinal de acordo à vista.

Fontes diplomáticas revelaram que os principais entraves estão na troca de prisioneiros, no fim do bloqueio de Gaza e na exigência do Hamas de retirada total das tropas israelenses. Israel, por sua vez, insiste na desmilitarização do grupo palestino e em garantias de segurança a longo prazo.

👶 Crianças famintas e hospitais colapsados

Enquanto a diplomacia falha, o povo palestino vive um dos piores momentos da história recente do conflito. Imagens de crianças desnutridas, famílias inteiras em tendas improvisadas e médicos desesperados nos poucos hospitais ainda em funcionamento têm chocado o mundo e motivado protestos em várias capitais internacionais.

De acordo com a ONU, mais de 80% da população de Gaza foi deslocada internamente desde o início do conflito. A maioria das escolas foi destruída ou transformada em abrigos, e os hospitais operam sem medicamentos, sem anestesia e com geradores funcionando no limite.

🔥 Um conflito sem solução próxima

A promessa de Netanyahu de lutar até a “vitória completa” revela que Israel não pretende recuar em suas operações tão cedo. Analistas internacionais apontam que a continuidade da ofensiva sem um plano claro de reconstrução e reconciliação pode alimentar ainda mais o ciclo de violência, prejudicando tanto israelenses quanto palestinos a longo prazo.

Com a ajuda humanitária chegando de forma limitada e as negociações de paz travadas, a população civil segue sendo a maior vítima de um conflito que já deixou milhares de mortos e não apresenta solução próxima.

📢 Conclusão

A crise na Faixa de Gaza continua sendo um dos maiores desafios da comunidade internacional em 2025. A postura firme de Netanyahu em continuar com a guerra até o “fim do Hamas” pode agradar setores internos em Israel, mas a tragédia humanitária que se desenrola diariamente no território palestino clama por uma resposta mais equilibrada e urgente.

Enquanto isso, o mundo observa, comovido e dividido, o drama de um povo sitiado, faminto e sedento por paz.