Felca emociona no "Altas Horas" após vídeo-denúncia sobre adultização de menores e recebe elogios: "Craque do ano"
O nome de Felipe Bressanim Pereira, mais conhecido como Felca, vem ocupando espaço de destaque no debate público brasileiro nas últimas semanas. O youtuber, que já tinha uma base fiel de seguidores na internet, ganhou ainda mais notoriedade depois de lançar um vídeo de quase 50 minutos intitulado “Adultização”, no qual denuncia a exposição sexualizada de crianças e adolescentes nas redes sociais. O conteúdo viralizou de tal forma que, em menos de duas semanas, ultrapassou a impressionante marca de 30 milhões de visualizações.


No último sábado (16), Felca esteve no palco do programa “Altas Horas”, apresentado por Serginho Groisman, para falar sobre a repercussão do vídeo e sobre os motivos que o levaram a abordar um tema tão delicado e urgente. A participação foi marcada por emoção, reflexões e aplausos do público, tanto no estúdio quanto nas redes sociais. Internautas celebraram sua coragem e o chamaram de “Craque do ano”, destacando a importância de usar a influência digital para proteger os mais vulneráveis: crianças e adolescentes.
O que motivou o vídeo-denúncia
Durante a entrevista, Felca contou que a principal motivação para gravar o vídeo foi a indignação ao ver que a sexualização precoce de menores estava se tornando cada vez mais comum nas redes sociais. “É revoltante ver adolescentes e até crianças sendo expostas a esse tipo de conteúdo. Não é entretenimento, é exploração. E isso precisava ser dito”, declarou no programa.
O influenciador destacou ainda que não esperava tamanha repercussão. O vídeo, que foi publicado no dia 6 de agosto, foge do padrão de consumo atual: é longo, gravado na horizontal e sem cortes apelativos. Mesmo assim, conquistou milhões de pessoas que, segundo Felca, começaram a enviar fotos e mensagens mostrando que tinham assistido até o fim. “Achei que seria um conteúdo nichado, mas a dimensão que tomou me surpreendeu. Isso mostra que as pessoas querem debater assuntos sérios, desde que haja clareza e honestidade na forma de expor”, afirmou.
A polêmica envolvendo Hytalo Santos e Kamyla
No vídeo, Felca cita diversos exemplos de casos em que menores foram expostos de forma inapropriada. Um dos nomes mais comentados é o do influenciador paraibano Hytalo Santos, que produzia vídeos ao lado da adolescente Kamyla, conhecida como Kamylinha. Segundo Felca, a jovem, que começou a aparecer nos conteúdos de Hytalo aos 12 anos, foi alvo de um processo contínuo de adultização: “danças sensuais, presença em cenários com bebidas alcoólicas e contextos claramente direcionados a um público adulto”.
Atualmente, Kamyla tem 17 anos, mas a denúncia levantada por Felca trouxe à tona a reflexão sobre os anos anteriores e sobre os limites da exposição infantil nas redes. A repercussão foi tão grande que o perfil de Hytalo Santos no Instagram foi desativado após a divulgação do vídeo.
Repercussão nas redes sociais
A participação de Felca no Altas Horas gerou uma enxurrada de comentários positivos no X (antigo Twitter). Muitos usuários destacaram a forma clara e responsável com que ele tratou o assunto, além de sua coragem em enfrentar uma pauta que poderia trazer inimigos poderosos.
“O Felca sempre faz questão de reforçar que não é sobre ele, mas sobre as crianças e adolescentes que são expostos. Isso é muito maior que uma vaidade pessoal”, escreveu uma internauta.
Outro espectador destacou:
“Ele só tinha uma câmera, o quarto dele e a própria fala. Mesmo assim, deu voz a muitas crianças e adolescentes. Gigante!”
A influenciadora digital Adriana Cristina também repercutiu:
“Criança não tem que produzir conteúdo para internet. Felca foi extremamente necessário. Parabéns ao Altas Horas e ao Serginho por darem espaço para esse debate.”
Outros usuários ressaltaram que o trabalho de Felca deveria servir de exemplo para toda a comunidade digital:
“Quem me dera todos os influenciadores usassem sua voz para o bem. A Globo acertou muito em levar o Felca. Ele é inteligente, cuidadoso e transmite clareza.”
A importância de dar visibilidade ao tema
O convite ao “Altas Horas” foi visto por muitos como uma decisão acertada da Globo. Em tempos de algoritmos que priorizam conteúdos superficiais e imediatistas, abrir espaço na televisão para discutir a adultização de menores foi considerado um ato de responsabilidade social.
Felca ressaltou que não se trata apenas de um problema pontual, mas de um fenômeno que envolve grandes plataformas digitais, marcas e até pais que, em busca de fama e dinheiro, acabam expondo os filhos. “É preciso que as empresas, como a Meta, também se responsabilizem e revejam seus algoritmos. O que está em jogo não são curtidas, mas a integridade de uma geração inteira”, alertou.
O poder da denúncia coletiva
Um dos pontos altos da entrevista foi quando Felca reforçou a importância da voz coletiva. “Esse vídeo é um convite para que as pessoas entendam que todos têm poder. Se você vê algo errado, denuncie. A sua voz tem impacto. O que parece pequeno pode se transformar em um movimento de transformação”, disse ele, arrancando aplausos da plateia.
O discurso inspirador ecoou nas redes sociais, onde muitos usuários afirmaram que se sentiram motivados a denunciar conteúdos semelhantes. “A internet não é terra sem lei. A gente precisa mostrar que existe bondade no mundo e que não podemos naturalizar esse tipo de coisa”, comentou outro internauta.
O legado de Felca
Com a repercussão do vídeo e da participação no programa, Felca consolidou sua imagem como um dos influenciadores mais relevantes de 2025. Diferente de muitos criadores de conteúdo que buscam apenas números e engajamento, ele se destacou pela responsabilidade social e pela disposição em enfrentar temas delicados.
Não à toa, ganhou o apelido de “Craque do ano” entre os internautas. A expressão reflete não apenas a coragem, mas também a habilidade em transformar um vídeo caseiro em um movimento que pressionou gigantes das redes sociais e colocou em pauta a proteção da infância.
Reflexão final
O caso Felca mostra que ainda há espaço para conteúdos de impacto e que a internet pode, sim, ser usada como ferramenta de transformação social. A exposição de crianças e adolescentes em contextos sexualizados não é apenas uma questão moral, mas também de direitos humanos, e precisa ser combatida com seriedade.
O episódio também evidencia que a sociedade está disposta a ouvir quando a mensagem é transmitida com responsabilidade. A força do vídeo “Adultização” e a repercussão de sua participação no “Altas Horas” deixam um recado claro: não é preciso glamour para fazer diferença, basta coragem e compromisso com a verdade.
📌 Fonte: CNN Brasil – Quem é Felca, influenciador envolvido em polêmica com Hytalo Santos