O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comemorou nesta terça-feira (16) o avanço das discussões em Brasília sobre a proposta de anistia aos condenados pelos atos do 8 de Janeiro de 2023. Para ele, a missão está cumprida:

“O objetivo era justamente esse que saiu no colégio de líderes de hoje, que é a pauta da urgência prevista para amanhã. O esforço que tinha que ser feito, foi feito”, declarou.

Câmara entra em cena

A declaração veio logo após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), convocar uma reunião extraordinária de líderes para esta quarta-feira (17). O tema? Deliberar com urgência sobre os projetos ligados ao 8 de Janeiro, data que marcou a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília.

Esse movimento é visto como uma vitória para Tarcísio, que já vinha se desdobrando em conversas com deputados, presidentes de partidos e até ligações diretas com Hugo Motta para destravar a pauta.

O impasse da anistia

A questão agora é: como será a anistia?
🔹 Uma versão “light”, beneficiando apenas parte dos condenados?
🔹 Ou um perdão “amplo, geral e irrestrito”, que poderia até atingir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje inelegível e condenado pelo STF?

Enquanto a oposição pressiona por um texto mais abrangente, setores do Congresso resistem, temendo que a medida seja vista como impunidade descarada.

O que está em jogo

Tarcísio, que já se posiciona como nome forte da direita para 2026, aposta alto nessa articulação. Ao se colocar como protagonista na defesa da anistia, ele ganha visibilidade entre os apoiadores de Bolsonaro — e pode colher dividendos políticos no futuro.

Mas a grande dúvida continua: essa anistia será um gesto de pacificação nacional ou apenas mais um capítulo de impunidade no Brasil?

👉 E você, o que acha? A anistia deve valer para todos os envolvidos no 8 de Janeiro ou apenas para parte deles?